Palácio Condes de Murça

Certificação em 2012

Classificação: A (desempenho ambiental 50% superior à prática actual)


Localização: Santos-o-Velho, Lisboa

Promotor: Reconversão urbana, Espírito Santo e Lisbon Urban, ambas geridas pela ESAF (Espírito Santo Activos Financeiros)

Projectistas:  Aires Mateus e Associados, Lda, Frederico Valsassina Arquitectos, Afaconsult, Proap

Tipo de uso: Misto (maioritariamente habitação, com comércio e serviços na frente de rua)

Inserção: Zona Urbana

Área bruta de implantação: 2429 m²

Área bruta de construção: 6753  m²





        Figura 1 - Vista exterior do empreendimento Palácio Condes de Murça

O projecto do empreendimento do Palácio Condes de Murça, com vista essencialmente ao uso habitacional, compreende a reabilitação de um edifício e a criação de um outro novo e tem como promotores a Reconversão Urbana II – Fundo de Investimento Imobiliário e a Lisbon Urban – Fundo de Investimento Imobiliário, ambos geridos pele ESAF (Espírito Santo Activos Financeiros), e como gestor imobiliário a Artepura – Investimentos Imobiliários.

O empreendimento localiza-se em Santos-o-Velho, Lisboa, no cruzamento entre a Rua S. João da Mata e a Rua de Santos-o-Velho, tendo lugar no lote do antigo Palácio Condes de Murça, inserido num núcleo de interesse histórico da cidade de Lisboa.

O projecto em questão foi desenvolvido pelas equipas de arquitectos Aires Mateus e Associados, Lda e Frederico Valsassina Arquitectos, e, tal como mencionado acima é composto por dois edifícios: o Palácio, a reabilitar, e o Edifício Jardim, um novo volume edificado que surge no terreno adjacente. Na sua maioria o empreendimento é destinado a habitação, criando 24 fogos habitacionais, que oferecem uma larga variedade de tipologias (desde o T0 ao T5+1), contando também com quatro fracções para comércio e uma para serviços (Banco). Para além das áreas dos fogos este empreendimento conta ainda com as necessárias zonas de circulação, duas caves para estacionamento e uma para arrecadações, um jardim interior, um antigo claustro do Palácio, diversas áreas técnicas, uma zona para lixos, uma sala de condóminos e uma sala de circulação comum no piso 0.

Este projecto foi concebido de forma a responder às exigências de conforto e de qualidade dos seus eventuais futuros utilizadores, sem descurar os aspectos relativos à procura de um bom desempenho ambiental e às boas práticas ambientais, tendo obtido a classificação A do Sistema LiderA na sua avaliação de nível de sustentabilidade.

Entre os aspectos com melhor desempenho destacam-se a valorização territorial e a protecção e valorização do território, uma vez que diz respeito à reabilitação de um edifício que embora não seja classificado possui grande valor histórico, que se insere em zona urbana, completamente infra-estruturada e respondendo às indicações do PDM; a integração paisagística e a protecção e valorização do território; a certificação energética, apontando para uma classe A na execução do projecto; a intensidade em carbono; os materiais locais aplicados; as fontes de ruído para o exterior, aplicando equipamentos pouco ruidosos, bem localizados e isolados; o conforto térmico; os níveis de iluminação; os níveis sonoros; as soluções inclusivas; o trabalho local; as amenidades na sua circundante; a capacidade de controlo dos sistemas de iluminação, ventilação, etc.; o controlo das ameaças humanas; e, por fim, os baixos custos no ciclo de vida.



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